Megacristais

Teixeira (1970) refere que no granito de Lavadores é possível observar cristais de feldspato, uns isodiamétricos, outros de hábito tabular que devido às suas dimensões constituem megacristais. Estes megacristais distribuem-se irregularmente, havendo com frequência partes da rocha em que se acumulam em grande quantidade, constituindo enxames de megacristais e outros pontos em que são esparsos. Em certos locais, a rocha é constituída somente por eles originando por vezes verdadeiras massas pegmatíticas de exclusiva constituição feldspática (Alves, 1966). Em geral, são brancos mas podem apresentar uma tonalidade rósea, sendo no entanto frequente a presença de fenocristais rosados com uma orla exterior branca, representando uma textura rapakivi (Calejo et al. 1996). A luz ao bater sobre os megacristais põe em evidência as maclas de Karlsbad (enquanto metade do cristal se mostra espelhado, a outra metade fica baça) podendo, no entanto, ocorrer outros tipos de geminação.

Megacristal com macla de Karlsbad
Megacristal com macla de Karlsbad
Enxame de megacristais com um encrave
Enxame de megacristais com um encrave